Denúncia Explosiva: organização criminosa infiltrada no Hospital Regional de Cajazeiras é alvo de investigação pelo Ministério Público
Uma denúncia grave, registrada em 1º de junho de 2024, revelou a existência de uma Organização Criminosa (OCRIM) operando dentro do Hospital Regional de Cajazeiras (HRC). A denúncia, aceita e instaurada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), colocou o hospital no epicentro de um dos maiores escândalos de corrupção já vistos no estado. O caso é sob relatoria do promotor de justiça Francisco Seráphico, conhecido por sua atuação rigorosa na defesa dos direitos públicos. A investigação aponta desvios milionários, que envolvem desde superfaturamento de equipamentos até contratações fraudulentas.
Segundo o documento, o OCRIM foi instalado com a chegada da atual diretora da HRC, Jacilene Eduardo, natural de Diamante-PB e cão fiel do ex-secretário de saúde e do diretor do Hospital Regional de Patos, Francisco Guedes. A denúncia, entretanto, atribuiu a liderança do esquema ao diretor do Hospital Regional de Patos, identificado como Francisco Guedes, que estaria no comando de uma rede de corrupção envolvendo a compra de equipamentos, serviços médicos e manutenção hospitalar. O valor total desviado ainda não foi completamente apurado, mas estima-se que seja uma quantia milionária.
Envolvimento Político e Contratações Irregulares
De acordo com a investigação, o Hospital Regional de Cajazeiras tornou-se um reduto de restrições políticas, especialmente do deputado Chico Mendes, líder do governo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e seus aliados, e do deputado federal Wilson Santiago. Este último, envolvido na Operação Pés de Barro, que ganhou notoriedade nacional, aparece novamente nas investigações como uma peça chave no escândalo.
As declarações de superfaturamento são alarmantes, com valores muito acima do mercado sendo pagos por equipamentos hospitalares e serviços terceirizados outros sem sequer terem sidos realizados. Além disso, há suspeitas de contratações irregulares de pessoal, especialmente médicos e prestadores de serviços, que estariam recebendo salários inflacionados.
Ramificações do Esquema e Ligações com Campanhas Eleitorais
O esquema de corrupção não se limita ao Hospital Regional de Cajazeiras. A investigação aponta para uma rede de hospitais no sertão paraibano que estaria sendo utilizada para desviar recursos públicos. Hospitais em cidades como Itaporanga, Taperoá, Patos, Coremas, Sousa, Pombal e Itabaiana também estão sendo investigados. Patos, segundo o Ministério Público, seria o núcleo central da operação criminosa, enquanto Cajazeiras abrigaria o segundo núcleo de maior importância no esquema.
A denúncia traz ainda uma revelação estarrecedora: o desvio de recursos teria como um de seus objetivos financiar a campanha eleitoral do ex-secretário de saúde da Paraíba, Dr. Jhony Bezerra, que atualmente é candidato a prefeito de Campina Grande pelo PSB. A acusação afirma que o esquema foi montado estrategicamente para abastecer a caixa de campanha de Jhony Bezerra, desviando recursos que deveriam ser usados para a saúde pública.
Operação Iminente: GAECO e Polícia Federal em Mira dos Hospitais
Com o processo número Nº 001.2023.096533 avançando rapidamente, desde 1 de Junho de 2024, as autoridades podem deflagrar uma operação de grande escala a qualquer momento. Tudo indica que, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Federal já estão monitorando os hospitais envolvidos, e a expectativa é que uma operação simultânea ocorra em diversas cidades do sertão paraibano nas próximas semanas.
Na semana passada, o Hospital das Clínicas de Campina Grande já foi alvo de uma operação da Polícia Federal, e fontes indicam que essa foi apenas a primeira etapa de uma ação maior, que deverá atingir outros hospitais, incluindo o Hospital Regional de Cajazeiras. A revolução de que o Hospital Regional de Cajazeiras que é um dos centros de um esquema dessa magnitude, propagou uma verdadeira comoção na cidade e em toda a Paraíba.
Impacto Político e Social
O escândalo envolvendo a HRC é comparado, nos bastidores políticos, à Operação Calvário, que desmantelou uma rede de corrupção no setor de saúde em várias partes do Brasil. No entanto, os analistas apontam que o impacto deste novo esquema pode ser ainda mais devastador, com implicações que atravessam administrações estaduais e até campanhas eleitorais. Descrito como uma “segunda Calvário”, com potencial de dano multiplicado, o esquema atinge em cheio a estrutura de gestão da saúde do estado.
A população de Cajazeiras, que depende diretamente dos serviços prestados pela HRC, acompanha com apreensão o desdobramento das investigações. A possibilidade de que milhões de reais tenham sido desviados de um sistema de saúde já fragilizado gera indignação e clamor por justiça.
O Futuro da Investigação
Com o promotor Francisco Seráphico à frente do caso, o processo avança de forma célere. Seráphico é conhecido por sua carreira marcada por investigações robustas e pela busca implacável pela transparência e justiça. A expectativa é que nas próximas semanas o GAECO e a Polícia Federal realizem operações de busca e apreensão nos hospitais envolvidos, com prisões e novas revelações sobre a extensão.
O Hospital Regional de Cajazeiras, uma instituição que sempre foi vista como um pilar essencial para a saúde pública do sertão paraibano, agora se encontra no epicentro de um dos maiores escândalos de corrupção já vistos na Paraíba. Se as denúncias anteriormente comprovadas, o desmantelamento desta organização criminosa poderá marcar um novo capítulo na luta contra a corrupção no estado, trazendo consequências severas para todos os envolvidos, tanto na gestão hospitalar quanto na política.
HW COMUNICAÇÃO
Fonte: Portal Parahyba
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