Morte de jovem após comer caranguejo expõe falhas no diagnóstico rápido de emergências alimentares

Reprodução
O que começou como um almoço comum terminou em tragédia para a jovem Ellen Thuanny, 20 anos, moradora de Lagoa de Dentro, no Agreste paraibano. Minutos depois de consumir caranguejo, ela passou mal e buscou atendimento médico. Os primeiros sinais levaram a equipe de saúde a suspeitar de uma reação alérgica grave. A anafilaxia, inclusive, parecia ser o quadro mais provável naquele momento.
Na primeira consulta, Ellen recebeu adrenalina, antialérgicos e anti-inflamatórios. O organismo respondeu bem, e a melhora inicial trouxe esperança para os familiares. Mas o alívio durou pouco. Horas depois, as dores retornaram com intensidade, e a jovem voltou à unidade de saúde apresentando desconforto severo. Desta vez, foi medicada com morfina e diazepam.
A evolução clínica, porém, seguiu um caminho inesperado. Diante do agravamento, Ellen foi encaminhada para o Hospital Frei Damião e, de lá, transferida para o Hospital Regional de Guarabira. No retorno para Guarabira, sofreu três convulsões dentro da ambulância. Não resistiu.
O laudo médico afastou a hipótese inicial de alergia alimentar como causa da morte. O documento aponta choque séptico provocado por gangrena gasosa — uma infecção agressiva e de rápida progressão — como responsável pelo óbito.
O caso reacende a discussão sobre riscos pouco conhecidos ligados ao consumo de frutos do mar e, principalmente, sobre a importância do diagnóstico precoce quando sintomas graves aparecem logo após a alimentação. Para profissionais da área, cada minuto faz diferença entre controlar uma infecção e perder um paciente para complicações irreversíveis.
HW COMUNICAÇÃO
Fonte: O Norte
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