O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou denúncia formal contra o juiz Glauco Coutinho Marques, o advogado Adão Soares de Sousa e o médico Diego Otávio Melo Coutinho — filho do magistrado — por corrupção e lavagem de dinheiro. O caso, revelado no âmbito da “Operação Retomada”, expõe um suposto esquema de manipulação de decisões judiciais na Comarca de Gurinhém, com uso de servidores, associações fictícias e transferências financeiras suspeitas.

Segundo a denúncia, o juiz Glauco Coutinho concedia decisões relâmpago e sem fundamentação legal para beneficiar advogados ligados a uma rede criminosa. Em troca, teria recebido valores por meio de contas próprias e do filho Diego Otávio. O GAECO identificou transferências superiores a R$ 67 mil oriundas do advogado Adão Soares, além de movimentações que culminaram na aquisição de um imóvel de luxo em João Pessoa, avaliado em R$ 648 mil.

O Ministério Público afirma que parte das decisões judiciais eram redigidas fora do fórum e apenas inseridas nos sistemas do Judiciário por Glauco, numa prática que, segundo os promotores, configuraria “captura da função jurisdicional”. Em um dos episódios citados, o magistrado teria determinado a um servidor que parasse todos os outros processos para priorizar a liberação de valores destinados ao advogado Adão Soares.

O documento ainda aponta que o advogado Adão possuía duas condenações criminais transitadas em julgado por peculato, cujas penas somam mais de sete anos, e que jamais foram executadas por suposta inércia do mesmo juiz agora denunciado.

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HW COMUNICAÇÃO

Fonte: Click PB